segunda-feira, 11 de junho de 2012

ANTIGO RANCHO AS MARGENS DO TIETE - Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de Pirajuí

Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de Pirajuí


A história da origem e fundação da Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de
Pirajuí tem sido trazida ao público constantemente em diversas versões, mas para quem participou da vida do Clube, sabe perfeitamente que as mesmas não representam a realidade dos fatos. Normalmente as histórias do Clube de Caça e Pesca, são confundidas com a do Clube Santa Helena, que é uma entidade vizinha e que surgiu muito tempo depois.
Com o intuito de acabar de uma vez por todas com essas versões distorcidas que não representam a realidade dos fatos, o senhor Luiz Fernando Franco de 82 anos, filho de Ariovaldo e neto de Ormênio Franco, ambos principais fundadores do Caça e Pesca e participantes da primeira diretoria de 1941 decidiram contar a verdadeira história, pois teve a oportunidade de viver e participar do Clube aos 10 anos de idade.
Para analisar a história, senhor Fernando submeteu a aprovação de Joaquim
Afonso de Britto, que aos 91 anos de vida, é o único remanescente dos sócios mais antigos, cuja aprovação vai por ele avalizada.
Ormênio Franco e seus irmãos Justino Franco Jr. e Fausto Franco tendo chegado a Pirajuí em 1915, vindos da Fazenda Santa Maria situada na cidade de Jaú, amavam e praticavam intensamente a Caça e a Pesca, que eram bastantes fartas na região.
Cansados de acamparem em barracas improvisadas que não ofereciam nenhum conforto os três irmãos seguidos de Ariovaldo Franco, filho mais velho de Ormênio Franco, decidiram que deveriam arrumar um local referencialmente às margens do Rio Tiete no Porto Ferrão, município de Pongaí, onde eles pudessem construir um rancho e praticar a caça e a pesca.


Comentando com amigos comuns da idéia que haviam tido, os mesmos também manifestaram o interesse de participar da idéia, e assim Dr. Reynaldo da Silva Ayrosa, Enéas Solbiate, Domingos de Cilo, Fábio Junqueira Meireles, Antônio Barbante e Octávio Cruz, passaram a fazer parte do Grupo dos dez, juntamente com os quatro da família Franco.
Para confirmar a escolha inicialmente manifestada, o grupo se dirigiu até o porto Ferrão, e lá chegando, a escolha recaiu em uma ilha localizada na Barra do Rio Sucuri.
Para a posse da área, era necessária a autorização do Ministério da Marinha, o que foi conseguido rapidamente com a ajuda de amigos influentes e logo em seguida deu-se o inicio da construção do rancho que era de madeira em 1938.
Com a concorrida freqüência e a difícil chegada ao local, coisa que só era possível com o uso de barco, e como nem todos possuíam esse tipo de embarcação, o grupo decidiu que o rancho deveria ser transferido para as margens do rio.
Isto decidido foram à procura do fazendeiro dono das terras, o Coronel Lázaro
Lopes Bueno, para tentar adquirir um lote onde pudessem transferir o rancho.
Conseguiram negociar meio alqueire de terra no local escolhido só que desta feita a construção seria mais ousada, já que ao invés de um simples rancho seria construído o Clube de Caça e Pesca.



Para a transformação de um simples rancho em uma entidade devidamente legalizada, todas as providências foram tomadas, como a elaboração do Estatuto Social para reger a Sociedade, bem como as demais exigências para que tivesse personalidade jurídica.
O rancho inicial cuja fundação foi em 1938, cedeu a vez ao Clube em 15 de agosto de 1941 e recebeu o nome de Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de Pirajuí, conforme ata de constituição, assinada pelos seguintes sócios fundadores: Ormênio Franco, Fausto Franco, Dr. Reynaldo da Silva Ayroza, José Cipriani, Ricardo Mazottini, Adalberto Ferraz de Andrade, Octávio Cruz, Edmur Jorge, Domingos de Cillo, Ariovaldo Franco, Antônio Padilha, Feres Bechara, Enéas Solbiati, José Ganba e Antônio Pereira de Luigi.

A primeira diretoria executiva eleita pela sociedade foi constituída por:

Presidente: Ormênio Franco
Vice-presidente: Enéas Solbiate
1° Secretário: José Cipriane
2° Secretário: Domingos de Cillo
1° Tesoureiro: Ariovaldo Franco

O conselho consultivo foi constituído por Antônio Pereira de Luigi, Antonio Barbante e José Gambá.
Para ajudar financeiramente a entidade a construir sua sede de campo foi montada uma sede social em Pirajuí, este local foi na Rua 13 de maio, 486, na parte superior do sobrado onde funcionava o Empório 13 de Maio, de propriedade de Antonio Padilha que tinha como objetivo a exploração de carteado.
O quadro social, devido à grande demanda, precisou ser limitado a um número de 30 associados, que era o número que as instalações suportavam. No apartamento dos homens havia acomodações para vinte e duas pessoas, e no feminino para quatorze pessoas.
Em 22 de junho de 1959, através de Assembléia Geral, o Estatuto Social, sofreu a sua primeira alteração, que se fazia necessário para se adaptar às exigências da época.
Em 15 de março de 1970, nova alteração no Estatuto Social, veio a acontecer, desta feita para suprimir do nome do Clube a palavra “Caça”, em virtude de exigências de entidade Governamental, a qual o Clube era filiado. Com essa alteração o nome passou a ser “SEPAP”, Sociedade Esportiva de Pesca Amadora de Pirajuí.
Muito embora o nome primitivo tenha sido alterado, o nome Caça e Pesca nunca deixou de ser usado.
Frequentavam a Sede de Campo assiduamente além dos diretores os seguintes associados: Eurico Garcez, Arnaldo Bonadio, Segismundo Amaro de Conti, Luiz Loureiro, Américo Paterline, Galeno Loureiro, Américo Brancalhão, José Pelegrini, Toshihico Imaizumi, Helio Gomes, Geraldo Caldeira, Rui Tavares Paes, José Carlos Franco, Joaquim Afonso de Britto, Moisés Gannan, Walter A. de Britto, Rodolfo Mazotini, Venicio Ribeiro, Sidney Savi e tantos outros.
No decorrer de sua existência o Clube teve um total de nove Presidentes. São eles: Ormênio Franco, Nelson Porto, Arnaldo Bonadio, Antonio de Pietro, Toshihico Imaizumi, Juarez Balerine, Dr. Arnaldo José Grava, Luiz Pedro Marangon, e finalmente Luiz Fernando Franco, eleito em 17 de março de 1974, sendo o último presidente.
Com o término da construção da Barragem de Promissão, o rio Tiete foi represado e o clube para a tristeza de todos veio a desaparecer em 18 de julho de 1974.
Mas a liquidação definitiva com o pagamento de cada um dos associados, só se deu em 05 de maio de 1982, conforme ata desta data, onde os detalhes e valores pagos a cada um, encontram-se registrados.
Os 17 associados que compunham o quadro social na época e, que receberam os valores que coube a cada um, pela indenização, são os seguintes: Amir Magge, Augusto Almeida Maciel, Eurico Oliveira Garcez, Joaquim Afonso de Britto, José Carlos Franco, José Pelegrini, Lucindo Ghiotto, Luiz Magge, Luiz Fernando Franco, Luiz Pedro Marangon, Moisés Gannan, Osmar Gomes, Rubens Marangon, Sebastião Izidoro Rodrigues, Toshihiro Imaizume, Venicio Augusto Ribeiro e Walter Pagan Poli.
Alguns anos antes de 1974, havia um número bastante razoável de associados, ao qual o senhor Fernando também fazia parte, que eram os frequentadores assíduos do Clube. A esses, cuja maior parte já se foram, fica aqui a homenagem, pelos bons tempos que estiveram juntos no Caça e Pesca, citando seus nomes para que não caiam no esquecimento. São eles: Joaquim Afonso de Britto, Walter Afonso de Britto, Rodolfo Mazotini, Moisés Gannan, Venicio Augusto Ribeiro, Sidney Savi, José Carlos Franco, Walter de Marchi, Dr. Arnaldo José Grava, Luiz Pedro Marangon e Osmar Gomes.
Luiz Fernando Franco permaneceu no cargo de Presidente da entidade até 1982, data em que houve a liquidação definitiva da sociedade.
Este é o relato em que o Senhor Luiz Fernando Franco buscou em 2010 para contar a história real, com base em documentos do próprio clube, desde sua origem até seu término.




Fonte:http://historiadafamiliafranco.blogspot.com.br

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